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Pessoas Vivendo com HIV podem se vacinar para a Covid-19

O Ministério da Saúde publicou a Nota Técnica ontem, (29), atualizando a lista de populações prioritárias no programa nacional de vacinação para Covid-19 para incluir todas as Pessoas Vivendo com HIV com idades entre 18 e 59 anos*

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O Ministério da Saúde publicou ontem, 29 de março, a Nota Técnica Nº 282/2021 – CGPNI/DEIDT/SVS/MS, que atualizou a lista de populações prioritárias no programa nacional de vacinação para Covid-19 no Brasil. Essa atualização incluiu Pessoas Vivendo com HIV com idades entre 18 e 59 anos entre os grupos prioritários para receber o imunizante, junto com idosos, pessoas com comorbidades, profissionais de saúde, pessoas em situação de rua, trabalhadores dos setores de educação e segurança, entre outros subgrupos.

Em janeiro, o Ministério já havia incluído a população vivendo com HIV cujos exames de CD4 apresentassem menos de 350 cel./mm³ no grupo “pessoas com comorbidades” de acesso à vacina. 

Em fevereiro deste ano, diversos órgãos que cuidam de políticas de IST/Aids mandaram uma carta solicitando a inclusão de todas as pessoas com HIV na lista de populações prioritárias para receber a vacina. Com a atualização, todas as pessoas que vivem com o HIV passam a ter prioridade na campanha de imunização.

O ritmo da vacinação no país é bastante lento e, apesar da novidade dessa inclusão, pessoas com HIV entre 18 e 59 anos ainda não estão liberadas para procurarem os postos de saúde: é necessário seguir os calendários de cada cidade e do plano nacional de imunização. 

Ainda faltam doses, a logística de distribuição e aplicação é lenta e a demora do governo federal em adquirir novos lotes do imunizante agravam ainda mais o cenário da pandemia de Covid-19, que se arrasta há um ano no Brasil.

Em São Paulo, neste momento, estão sendo vacinadas pessoas com ou sem HIV que tenham mais de 69 anos e alguns casos de profissionais de saúde com mais de 53 anos. A imunização da população com comorbidades só começa depois que todas as pessoas com mais de 60 anos tiverem recebido a vacina. A cidade de São Paulo reforçou o conjunto de postos de vacinação, equipando os espaços de Serviço de Atenção Especializada (SAE) em IST/Aids para oferecer a vacina. 

A Agência Aids ouviu ativistas pelos direitos das pessoas que vivem com HIV sobre a inclusão independente das taxas CD4. Leia aqui.

*Com informações da Coordenadoria de IST/Aids de São Paulo e da Agência AIDS