Sexualidade

Conceitos

 

Vamos direto ao ponto: não existe nada de natural em acreditar que a única expressão legítima da sexualidade humana seja a heterossexualidade. Dito isto, optamos por falar em sexualidades, assim mesmo, no plural. A maneira como vivenciamos nossa sexualidade, o que consideramos positivo, negativo ou aceitável são definidos pela sociedade e cultura em que estamos inseridos.

 

Atualmente presenciamos no mundo grandes transformações no entendimento e nas práticas da sexualidade humana. Cada vez mais pessoas sabem que a homossexualidade e a bissexualidade também são expressões da sexualidade e que a desigualdade ainda enfrentada por pessoas gays, lésbicas e bissexuais, bem como travestis, transexuais ou transgênero deve ser duramente combatida.

 

A própria pertinência da existência das categorias heterossexual, homossexual ou bissexual vem sendo debatida ao redor do mundo. Da mesma forma, a discussão pública sobre consentimento sexual, ou seja, a necessidade de mútuo consentimento entre as partes envolvidas em uma relação sexual, e o combate ao assédio e à violência sexual se intensificaram e se tornaram mais complexas nos últimos anos.

 

Entre inúmeros fatores, a LGBTfobia e a heteronormatividade decorrem do fato da atividade sexual ser associada exclusivamente à reprodução humana, como um destino comum para todos os seres humanos. Entretanto, a luta dos movimentos feministas e LGBT e a noção mais recente de direitos sexuais e reprodutivos estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) vem consolidando a compreensão da reprodução como uma escolha e do direito à autonomia sexual como um dever a ser garantido pelo Estado para todas as pessoas.

 

Viver a sexualidade livre de constrangimentos, medos ou violências e buscar o prazer com liberdade e autonomia, assim como ter acesso à educação e saúde sexual e ao sexo seguro fazem parte, entre outros aspectos, do escopo dos direitos sexuais.

 

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Para se aprofundar no tema do “consenso sexual”, visite a página Blogueiras Feministas.