Saúde mental além do setembro amarelo

🟡 Setembro é o mês da saúde mental e o mês de prevenção ao suicídio. Aqui nesse texto a gente te dá algumas dicas de como lidar com questões como essas, para além do mês de setembro. Bora brilhar na prevenção?
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De acordo com o Ministério da Saúde, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais.
O suicídio encontra-se entre as três principais causas de morte em indivíduos com idade entre 15 e 29 anos no mundo.
O Brasil é um país com taxas crescentes, apesar da escassez de indicadores epidemiológicos, corresponde a mais de 5% das mortes por causas externas.
Os impactos da pandemia e do isolamento social necessário para o controle sanitário, mas muitas vezes impossível para muites de nós, estão deixando feridas profundas em nossa saúde emocional.
A saúde mental e a prevenção ao suicídio não são apenas questões de saúde. É necessária uma atuação em rede para garantir que, além da atenção e acompanhamento psicossocial, nossa juventude tenha acesso a emprego, educação, moradia digna e outros direitos básicos que contribuem grandemente para o bem-estar e o desenvolvimento pleno de todas as pessoas.
O suicídio é um fenômeno complexo que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Mas o suicídio pode ser prevenido com atenção psicossocial e tratamento. Saber reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em alguém próximo a você pode ser o primeiro e mais importante passo.
Diante de uma pessoa com risco de suicídio, o que você pode fazer:
• Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com essa pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio.
• Incentive a pessoa a procurar ajuda de um profissional, como um médico, profissional de saúde mental, conselheiro ou assistente social. Ofereça-se para acompanhá-la a uma consulta.
• Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda
de profissionais de serviços de emergência, um serviço telefônico de atendimentos a crises, um profissional de saúde, ou consulte algum familiar dessa pessoa.
• Se a pessoa que com quem você está preocupado (a) vive com você, assegure-se de que ela (a) não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas
de fogo ou medicamentos) em casa.
• Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.
Diante de uma pessoa com risco de suicídio, o que você não deve fazer:
• Condenar/ julgar:
“Isso é covardia ”.
“É loucura”.
“É fraqueza”.
• Banalizar:
“É por isso que quer morrer?
Já passei por coisas bem piores
e não me matei”.
• Opinar:
“Você quer chamar a atenção”.
“Te falta Deus”.
“Isso é falta de vergonha
na cara”.
• Dar sermão:
“Tantas pessoas com problemas
mais sérios que o seu, siga em
frente”.
• Frases de incentivo:
“Levanta a cabeça, deixa disso”.
“Pense positivo”.
“A vida é boa”.
Onde buscar ajuda
• Serviços de saúde | CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde).
• Centro de Valorização da Vida – CVV | Telefone: 141 (ligação paga) ou www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre ligação gratuita.
• Emergência | SAMU 192, UPA, Pronto Socorro e Hospitais.
🟡 a saúde mental precisa ser vista de forma integral e entendida como um direito fundamental, para além das – importantes – discussões que vemos no setembro amarelo.