Direitos HumanosHIV/Aids

Desigualdades interseccionais estão evitando o progresso das ações para conter a epidemia de AIDS no mundo

Hoje, 1 de março, é o dia da Zero Discriminação, data criada pelo Unaids – o programa das Nações Unidas criado em 1996 e que tem a função de criar soluções e ajudar nações no combate à AIDS. Tem como objetivo prevenir o avanço do HIV, prestar tratamento e assistência aos infectados pela doença e reduzir o impacto socioeconômico da epidemia.

Vídeo da campanha pelo dia da Zero Discriminação 2021, Unaids

Em 2021, a agência lançou uma campanha que chama a atenção para as desigualdades de renda, gênero e de acesso a direitos como um dos fatores que tem impacto direto sobre o progresso das ações para conter a epidemia de HIV/Aids até 2030.

Em uma cartilha, a Unaids chama a atenção da comunidade para essas desigualdades interseccionais que precisam ser enfrentadas e aponta ações concretas que podem ser adotadas por cidadãos, organizações e governos para apoiar a campanha.

Acabar com a AIDS como uma ameaça à saúde pública até 2030 é possível. Em 2019, mais de 40 países haviam cruzado ou estavam no caminho para alcançar um marco epidemiológico importante para acabar com a AIDS. Milhões de pessoas vivendo com HIV têm uma vida longa e saudável e há uma redução contínua de novas infecções por HIV. Apesar de todos os nossos esforços, esse progresso permanece frágil em muitos países e entre populações-chave e vulneráveis, com as desigualdades sociais e econômicas atrasando o progresso não apenas na resposta ao HIV, mas em relação a outros objetivos de saúde e desenvolvimento.